Olás, flores de belo jardim!
Encontro natalino? Então é
isso. O Natal já está à porta. Meu Deus como o tempo passa! Faz
muito bem aquele que sabe viver o tempo presente, pois ao passado e
futuro não se tem acesso - logo o que está em nossas mãos escorre
tão rápido! Por esta razão tanto aprecio momentos como esse
encontro, momentos vividos com gente do coração, pessoas amadas,
inesquecíveis. Instantes que levarei comigo por onde eu for e que o
tempo é incapaz de apagar da alma.
Sentindo-me reflexiva hoje,
não? Pois tão maravilhosa foi a reunião que me fez ponderar. Bem,
sempre faz. Encontros com esse grupo de leitoras é um verdadeiro
privilégio, e como desconheço quantos ainda teremos, desejo
declarar aqui minha inflamada felicidade por tê-las neste grupo! Em
meio a um mundo corrido e virtual, compromissos físicos são um
verdadeiro presente!
Bem, agora basta de
devaneios!
Vamos ao conteúdo do
encontro em si: Little Women, de Louisa May Alcott + Amigo Secreto. O
que é amigo secreto com queridas amigas? Fantástico! Claro!
Fizemos alguns vídeos
durante o amigo secreto e vamos junta-los montando um clipe musical
;-) Contudo, também anexaremos aqui cada um deles, individualmente.
É muita risada... Ficaram ótimos.
Os comentários sobre o
livro espalharam-se entre as curvas de nossa mesa de estranho
desenho, e foram principalmente a respeito das personalidades das
irmãs March. Os pólos que existe nos pares de "companheiras",
como Amy e Meg, e Jo e Beth. O par de Jo e Beth que nos pareceu como
espelhos uma da outra, Jo com sua personalidade forte e selvagem ao
lado de Beth que mal conseguia falar ou aparecer a estranhos. Amy e
Meg, mais adequadas às normas para mulheres daquela sociedade,
refletiam o relacionamento de irmãs mais velha com a mais nova.
Perguntei as meninas de
qual das irmãs elas mais gostaram e foi praticamente unânime o voto
à Jo, o que faz muito sentido, pois somos mulheres do séculos XXI e
valorizamos a liberdade, a vontade de sonhar e lutar pela realização
desses sonhos. Valorizamos mulheres que têm atitude e personalidade próprias,
que são autênticas e valentes. Essa nova figura de identidade
feminina que vem ganhando destaque. A figura da heroína que não é
exatamente perfeita ( conforme o modelo de perfeição ocidental para
o feminino da época, é isso, Di? ). A essa heroína, colocada
contra o modelo de conduta, é dada o direito de ser humana, de
errar, de estudar e falar abertamente, de ser incompetente nas áreas feminis, de não saber o que
fazer, de ter atributos ativos e violentos, antes exclusivo ao
masculino, e ainda assim ser sexy e desejável.
Todas também concordaram
que a Jo no final do livro é a melhor versão da Jo. Época em que
ela deve estar mais próxima da imagem de sua mãe, pois como Sabrina
comentou: no início do livro você tem a impressão que a senhora
March possui um temperamento e personalidade mais parecidos com os de
Meg, porém ao decorrer da leitura percebe-se que não é exatamente
isso, ela tem muito mais da Jo. Ou melhor, a Jo tem muito mais
semelhança com a mãe.
Comentamos e não chegamos a
um consenso( o que tudo bem ;-) na seguinte hipótese: Desde pequena
Amy sempre soube que não casaria com um homem pobre, pois riqueza
era algo muito importante para ela. Pois será que ela teria
escolhido Laurie se ele não fosse rico?, ou será que ela teria se
casado com o senhor Vaughan e recusado o pobre Laurie? Bem, nunca
saberemos.
Todas concordamos que a
senhora March é um personagem fantástico!